Ei, mamãe, é só a febre aparecer que você já entra em desespero? Corre para o pronto atendimento sem saber o que fazer? Então hoje viemos aqui para te tranquilizar e te ajudar a entender quando a febre pode ser considerada um problema!
“O que??? Mas nem sempre a febre é um problema???”
Pois é!! A febre é considerada “boa” pois é um sinal de que o sistema imunológico está trabalhando para combater alguma infecção. No Brasil, consideramos a febre em crianças a partir da temperatura axilar de 37,8°C, porém durante essa medição devem ser considerados fatores como as condições ambientais e climáticas, por exemplo, pois a hipertermia da criança pode ser somente por ter ficado brincando no sol ou passado horas debaixo das cobertas assistindo a TV...
A febre geralmente vem acompanhada de outros sinais como tremores, palidez, extremidades frias, que vão te ajudar a diferenciá-la de uma hipertermia por motivo não infeccioso. Assim, quando constatada a febre observe seu filho; as atitudes e o estado geral dele serão seu parâmetro para saber quando medicá-lo, e não apenas o número observado no termômetro. Pode ser que ele esteja com uma temperatura de 37,5°C, o que ainda nem é considerado febre pela definição, mas está muito quietinho, prostrado, recusando mamada ou alimentação, então um antitérmico será uma boa opção. Porém, o termômetro marcou 38,5°C, mas se ele está correndo, brincando normalmente, não há necessidade de medicação.
E nesse momento você deve estar se perguntando: “mas e se meu filho convulsionar?”. Muita calma, a convulsão febril não é pra quem quer, é pra quem pode!!
É necessário ter pré-disposição genética, história prévia, história familiar para que essa condição aconteça, e mesmo com uso de antitérmicos ela pode acontecer.
Bom, constatada febre gerando incômodo na criança, como proceder?
Primeiramente, hidrate muito bem seu filho, pois a febre pode aumentar a perda de líquidos, causando desidratação e assim, será muito mais difícil ela abaixar; coloque roupas leves na criança; se ainda assim a temperatura não abaixar, use antitérmico e espere no mínimo 4 horas para verificar melhora do quadro, e então medicar novamente se necessário (não é indicado intercalar antitérmicos); não dê banho gelado, pois o organismo pode ter efeito rebote tentando proteger o corpo da temperatura fria, prefira banho morno; nem use álcool, pois pode intoxicar ou causar queimaduras;
Há algumas situações que requerem um alerta maior e a procura de um pediatra, como:
- Bebês abaixo de 3 meses de idade com temperaturas acima de 38º ou abaixo de 35, 5º.
- Quando mesmo após normalizar a temperatura, a criança de qualquer idade se mantiver irritada, com choro persistente ou muito “largadinha”, mole, apática, com pouca reação, sem querer mamar.
- Quando a febre se acompanhada de sintomas persistentes como dor de cabeça, pele vermelha, dificuldade de dobrar o pescoço, vômitos que não cessam, confusão, irritabilidade extrema ou sonolência, dificuldade importante para respirar, enfim, queda do estado geral.
E não se esqueça: Febre não é doença, é apenas um sinal de alerta.
FONTE: Sociedade Brasileira de Pediatria