As temidas cólicas chegam por volta da segunda e quarta semanas de vida, trazendo sofrimento para o bebê e angústia para a família. O choro inconsolável é o principal sintoma e a agitação dura aproximadamente três horas por dia, por até seis semanas.
Quando o choro não desaparece após as outras causas serem descartadas (fralda molhada e suja, fome, frio, calor) pode ser cólica do lactente, mas a confirmação deve vir a partir de uma avaliação com o pediatra, que vai orientar e prescrever um tratamento adequado.
Não existe uma causa determinada para a cólica, mas acredita-se que tenha influência da imaturidade do sistema nervoso central, intolerância à lactose, anormalidades em hormônios gastrointestinais, alteração da motilidade, na colonização do intestino e por ter uma resolução espontânea, considera fundamental o desenvolvimento do tubo digestivo ao longo dos primeiros meses de vida.
Estudos mostram que crianças alimentadas exclusivamente com leite materno possuem menos chance de ter cólica do lactente, e sabe-se ainda que as mães não precisam se privar de alimentos específicos, a não ser que perceba influência pontual no aparecimento das dores no bebê.
O uso de probióticos ainda está em estudo, e medicação sem orientação médica deve ser evitada. Para melhorar o sofrimento do recém-nascido a Sociedade Brasileira de Pediatria faz as seguintes recomendações:
1)Pegar o bebê no colo (pode ser tentado o contato direto da barriga do bebê com a barriga da mãe);
2) Enrolar o bebê em uma manta ou cobertor;
3) Flexionar as coxas do bebê sobre a barriga;
4) Dar um banho morno ou aplicar compressas na barriga podem auxiliar na redução da cólica/choro no lactente;
5) Reduzir estímulos para o bebê (evitar locais com muito barulho ou excesso de pessoas);
6) Procurar um ambiente tranquilo, podendo ser usada música ambiente suave;
7) Tentar estabelecer uma rotina para banho, sono, passeio e outras atividades;
8) Não utilizar chás, trocar marcas de leite ou usar medicamentos sem a orientação do Pediatra;
9) Seguir sempre as recomendações do Pediatra, que realmente sabe o que é melhor para a saúde do seu bebê.
FONTE: Sociedade Brasileira de Pediatria